Coni

R$39,00

200 gr. da espécie  Coffea Canephora, um novo universo sensorial que vem romper com paradigmas dos cafés especiais.

 

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  Quantidade:
200 gramas
  Origem:
São Domingos do Norte, Semi Árido Capixaba, Espírito Santo, Brasil
  Produtor:
Fazendas Venturim, Lucas e Isaac Venturim.
  Altitude:
200 m
  Variedade:
Coffea Canephora, Conilón Jequetibá, Clone 1
  Processo:
Natural.
  Perfil Sensorial:
Sabores que lembram a frutas secas, doçura de açúcar mascavo, corpo intenso e aveludado e retrogosto seco e prolongado.

Torra

CONI – FAZENDAVENTURIM

Uma das experiencias mais marcantes que já tivemos na nossa trajetória nos cafés foi quando, na edição de 2017 da Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, tomamos um café com um perfil muito floral e marcante. Aquele fora, para nós, o sabor que mais se destacou entre todos os que tomamos na feira, e lembramos do sabor até hoje. O grão era um conilon.

 

 

O café é uma planta de gênero Coffea. Há muitas espécies de Coffea, entre elas o Coffea arábica (arábico) e o Coffea canéfora (conilon). O Espírito Santo é o estado que mais produz conilon e a Fazenda Venturim, lá localizada, é a primeira fazenda produtoras de conilon a ser reconhecida pela Brazilian Specialty Coffee Association como produtora de cafés especiais. Ela está localizada em São Domingo do Norte, uma região de baixa altitude, com clima de semiárido, quente e seco, ideal para o cultivo de cafés da espécie canéfora.

 

A história do conilon é interessante. Esse era um tipo café que se vendia bem a partir do mês de março, quando as safras de cafés arábicos começavam a se esgotar. Mas os cafés ainda estavam verdes, e não era o momento indicado para a colheita. Os compradores insistiam na colheita, certamente motivados pela necessidade de abastecer o mercado, enfatizando que a qualidade não era importante. Então, criou-se um ciclo vicioso de compra de cafés sem amadurecimento e, consequentemente, uma cultura de associar o conilon a uma qualidade inferior de café.

 

Isso simplesmente não é verdade. Mesmo nos cafés arábicos, se o café for colhido verde e não houver uma preocupação com as diferentes etapas do cultivo, o café não terá uma boa qualidade. Os irmãos Lucas e Isaac Venturim, guiados pelos concelhos de seu Pai, que já plantava café, se recusaram a aceitar essa lei de mercado para os seus cafés . Insistiram em produzir conilon de alta qualidade, aplicando às suas lavouras o mesmo cuidado técnico que se aplica aos cafés arábicos especiais. Se para produzir mais arábicos especiais as fazendas tiveram que esperar uma mudança de paradigma da indústria e do mercado consumidor, nos cafés da espécie canéfora isso é potencializado. É preciso que a gente entenda que café bom pode ser de qualquer espécie, desde que cumpra os critérios e requisitos técnicos para se fazer uma bebida de qualidade. As fazendas produtoras, então, precisam ser muito rigorosas, constantes, altamente conhecedoras da genética de seus cafés e do seu clima para entregarem um café finíssimo. O mercado, infelizmente, ainda possui muitos preconceitos enquanto aos canéforas, mas estamos todos trabalhando juntos para que isso mude.